domingo, 2 de setembro de 2012

Coxas


Os triângulos de carne crua
Vão formando uma rede.
As pupilas de açougueiros
Famintas estão em frente.

A jovem  de coxas esplêndidas,
Formosas facas gordas,
Salta nessa rede: a faz cama e elástica
Como a si.

E se oferece a carnificina
Em seu traje laranja
Nada vazio.
Goza às claras
Com as dezenas de mãos a tocando
Sorri com volúpia,
Grita: Meu corpo é deles, só deles!

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