Estabelecer
o caos, pintar vidros,
Serrar
braços e braços de estátuas.
Liderar
hordas de mendigos com bandeiras pontiagudas
Ajudar em
enterros, cascudos em crianças sem culpa.
Furar na rua
os canos de dinheiro que ligam
Os caixas
eletrônicos aos bancos.
Chamar os
leprosos para lá deixar os dedos.
E depois ver
a multidão frente a membros e valores.
Criar um
país, um sistema de voto diferencial
Uma
distribuição de renda determinada pela forma da fenda nasal
Fazer um
inventário das pintas do próprio corpo
A partir
delas pintar o quarto do inimigo.
Contar
histórias mentirosas que se contradigam.
Rir da dor
doendo do riso sem sentido.
Sentir a
maciez da carne do passarinho
Pintar de
vermelho o corpo da fêmea pura
Penetrar
bebendo o colostro na que recém-pariu.
O físico
pode assim definhar satisfeito?
Virão os
devaneios de nuvem e éter.
Após o sono
sem sonhos?
Sei que o
caminho é musgo vivo
Que a água
movida às vezes é morna.
Sei que
tenho pés e braços e nado
Rápido,
antes que a maré baixe.
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