terça-feira, 13 de setembro de 2011

Da morte Segunda

O desejo de um estado de sítio
Qualquer, até o fim do estado.
Onde há muita vida há muita morte?
Por que não os dois assim
Gozo e sangue?
Não, não suportamos nem o peso
De um simples saco de batata.
Gozo e sangue?
A felicidade na lesão?
Sim,
Deixa para os supersantos
Campeões do desejo completo
Que vivem no imaginário de
Qualquer boate de porão.
Esses que tocam o tempo como
Se fosse alguma massa
Com molho seco jogada na geladeira.
Para quem o brilho do pingo de cerveja
Derramado no sapato ofusca a luz do poste
Que o ilumina.

Ainda melhor do que o dia
Onde as segundas forem infinitas.
Viu um nó de gravata mal-feito
Sem gravata, só aquele losango
Irregular, informe, em sonho.
Acordou gritando como se fosse o último suspiro
De um tempo por vir.
E pedindo: Não para mim senhor almofada de dentro!
Cadê o estilete e as plumas, as ruínas, as rumbas?
Digo, como se corta tudo isso, ou pior como se liga?
Se ordena em pirâmides seladas por números. Romanos, talvez?

Não vamos sentar na privada
Deixar o mundo desaparecer em jornais,
Até voltar para sala e acender outro café?
Devolvam-me o gozo e o sangue logo!
Porque as baratas levantam as antenas
Antes que nós as orelhas do travesseiro
E nos escutam antes que pensemos em dizer....

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