Cercado de coloridas flores decepadas
Dispostas em tapete não ritual,
Caminho descolhendo uma a uma
Colocando-as de volta no caule da minha orelha
Para que desapareçam.
Lentinho entronco manso, sem raízes,
No chão da minha antiga terra.
Já toco a água do rio
Sem medo dos crocodilos,
Vejo até com dois olhos
A fumaça da fábrica
Embelezando o pôr-do-sol.
Talvez meio por meio dos outros
Tenho de novo a mim.
Menos chumbo e mais junta,
Analisando como um seio
Cada aro da corrente
Que ainda prende meus pés.
Nenhum comentário:
Postar um comentário