sexta-feira, 22 de julho de 2011

Despir

No quarto emadeirado
Com detalhes de veludo
Acendeu o incenso indiano.
Ligou a vitrola e colocou
Um disco de jazz sensual.
Limpou a cama dos livros
Para dar-lhe o devido uso.

Deslizou a mão sobre sua pele
No mesmo sentido dos pêlos,
Chegou perto da braguilha.
Abriu com suavidade o botão,
Vibrando viril, voluptuoso.

Viu com prazer o friccionar
Das calças Lee nas suas pernas.
Soltou as presilhas da blusa
Uma à uma, lentamente
Atento a cada sensação sua
Suspirando sereno em cada toque.

E deitou-se desejante
Após espalhar cuidadosamente
As roupas no chão do quarto.
Queria acordar na manhã seguinte
Pensando que havia feito amor.

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