quarta-feira, 20 de abril de 2011

Sister Ray

Hipnose repetição mescla e grito.
As duas se misturam, suas pernas, seu sexo.
Tenho medo, medo.

Elas vão morder
Me arranhar forte, sangue
Me fazer alto, forte, doído.

Se tudo se derrete de que vale pensar?
É irreal como as baratas na sala da madame
Ou uma rachadura de um prédio com inço no centro.

O gingo da vassoura
Morfina que renasce dos ossos,
Da última cirurgia forçada.

O olho do ritmo,
Do touro. As chaves de molho
As portas abertas, a culpa no quarto dos fundos.

A moça com nome de vírus
Visitou-me a noite
Estourou dois balões com a boca.

A ética do tesão,
Do controle esquecido
É mais real, é mais falsa.

Acho que não estou pronto para o couro.

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