O que me
sobra de vagância?
Ainda vejo
poesia? (onde como? e por quê?)
Estou atrás
da mesa, os papéis, as telas.
Mensageiros,
braços meus, se alastram e voltam às tabelas,
Como gente
comprimida em um barraco.
Mas, sinto
que é meu reino.
Às vezes
logo depois da chuva,
Quando por
medo a rua ainda é vazia,
Saio pelos
becos cheios de barro.
Sonho sangue
e sinto-o subir pelas pernas.
Telefone.
Encontro um
amigo num bar:
Conto uma
vida, escuto outra.
E volto a
casa,
Já é tarde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário