sábado, 18 de junho de 2011

A(s)cendendo número III

Gentilmente azul em uma tarde do fim
Dedislizo sobre as tuas costas notas
Vítreas, vagas, (re)voltando-se contra
O vento que ruma ao centro, cinzento.
Desleixando-me em esparronronadas ,
Concentricando-me em tua costela catorze
Sinto que esse é o paraíso desperdido.
A manta da noite cerra os olhos.
Nossa luz lampiãojada é o sal do céu
A bruma míngua ao ver as quatro cristalunas
Que pontingüam nossos rostos sardentos.
Simétricando-me em teu quadrilíquido,
Santalma mista ao murmúrio feminásculo
Marcho interno por tindo por tando
Ao ritmo Ravélico, rabínico, ramado
Rente a rua, lá fora, longe, lua.
Riotórrido correndo em corrente rítmica
Empapando-se de tempo livivido e rosado.
Ruindo a rasão, intuindo um toque sentido
Sabiamente manso, sabiamente crescendo.
Sabor de sul, de calor, cascas de laranja
Sabor de carta, sabor de carne, sensabor sem fim.
Descastiçal explosivo de fogos de artifício naturais
Em ascensão até o céu negado aos que lá moram.
E que vaivolta fácil, fecundo, fiodetudo, faztátil
Afasta e vem e criamando calamitoso calardente
Canta tortura tântrica, tontura atôlmica
Tateando enfim, em um pestanejar de óculos
A face estampadada: o finício do infinito prazer.

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