terça-feira, 24 de maio de 2011

(Re)Volta à Porto Alegre

Sente o cheiro do progresso
Na lapela da camisa:
Sopro de quem ajuda
Depois de pensar.

A simpatia envergonhada
Do meio sorriso:
Pensando em resultado
Se faz a piada.

Igual posso rir, chorar e cuspir
Me jogar no rio para de todos espanto!
Ainda encontrar companheiros para desesperada cerimônia,
Um dia do mês.

Fazer da cidade um plano mental
Onde as direções sejam curvas,
Ônibus só trafeguem por uma esquina.
Achando coragem para furar o silêncio,
Ainda.

Serão meus dedos mais rápidos
Que a velocidade das moscas, muros, músculos?
Sempre tenho uma pequena faca no bolso,
Que pouco uso.

Também tenho um canudo longo
Inspira sabores e sons
Expira trivialidades que vingam no profundo.
Espero que o vejam e ouçam.

Temida casa és,
Amores aí encontro.
Mas agora vôo
Vôo.

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